[1] Ontem, enquanto eu viajava de Porto Alegre para São Paulo e esperava o voo para Madrid, aconteceu o último debate entre os potenciais candidatos à presidência do governo espanhol. A bem da verdade, participaram apenas três dos quatro potenciais candidatos: os dois que representam os partidos de esquerda e extrema-esquerda e o candidato que representa a extrema direita. O candidato que representa a direita não participou. Ele deu-se por satisfeito por ter inequivocamente ter ganho um debate cara a cara com o candidato que representa a esquerda e resolveu não se expor, afinal faltam pouco mais de 72 horas para o início da eleição.
[2] Agora já estou instalado em Madrid. Tudo certo no rosário de miserias que um sujeito tem que suportar quando viaja: filas; serviços ordinários, porém caros; truculência de uns poucos e estupidez generalizada na grande maioria. Paciência. Pelo que entendi, de ler os jornais do dia e de ler alguns dos podcasts dedicados a esse tipo de assunto, o debate de ontem foi um espanto.
[3] Vamos a ver: o candidato que representa a esquerda obviamente aliou-se a candidata que representa a extrema esquerda e encurralaram o candidato que representa a extrema direita. Se um debate cara a cara não muda o vota nem de 1% dia indecisos, esse triptico não deve ter demovido quase ninguém.
[4] O grande problema repetido por tertulianos e jornalistas é o fato da eleição dár-se no período mais quente do ano, no início do período de férias. O atual presidente de governo obviamente escolheu essa data por apostar na baixa participação, e também na perda de milhares de votos (até de um quarto de milhão, especula-se) enviados pelos correios e que jamais serão computados se não forem entregues até hoje (a data limite para entrega física é amanhã).
[5] Bueno. São 19h aqui. O Sol seguirá até às 21h30. Vou bater perna e sentir o ruído das ruas. Me hidratar (faz calor neste verão) e planejar as caminhadas de amanhã. A ver.